terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Subordinação

Não tenho segurança nenhuma. Em tudo, outras pessoas podem influenciar. Podem quase me matar. Podem foder com o amor que eu tinha por elas. E essa perspectiva é absolutamente aterrorizante.
Os grandes dias estão mais próximos e a impressão que eu tenho é de que a água está subindo e eu tô ficando sem fôlego. E aí fico mais sensível, o nó na garganta impede literalmente que eu fale e o coração... Ah, esse parece que foi atravessado por uma lança.
A vida não começou ainda e já tenho vergonha de mim. Estou certa de que, se me conhecesse um dia, me desprezaria terrivelmente. Novamente, surge a questão do imaginário. Ou, talvez - idéia nova -, da possível doença. De acordo com minha terapeuta, se 3 pessoas concordam sobre alguma coisa, essa coisa é real/verdadeira.
Não sei, não sei, simplesmente não sei. E há tanto tempo que não sei de nada. A sensação já é até enfadonha (imagino o quanto é chato pra quem estiver lendo).
Não tenho certeza de minhas palavras, de minhas dores. Meu orgulho não obedece mais, dificulta as lágrimas mesmo quando as quero lavando o rosto, arrancando o peso do peito.
Deus, eu deveria parar de fingir, a cura viria mais rapidamente. Como raios eu posso querer ajuda se minto até pra mim mesma? Se enterro todas as decepções pra deixar o sorriso pseudo-piadista à mostra?

Não suporto mais isso tudo. Quero começar de novo, sem medos. Ou sem os novos, pelo menos. Já tinha o suficiente, juro!

Respirar dói. Sair da cama dói. Essa desesperança arranca minhas unhas sem compaixão, me deixa jogada num canto, inconsciente.

Acho que preciso de escuro. E vazio, todos eles... No escuro, eu não sou opaca. E acredito que é melhor ser vazia do que opaca.