segunda-feira, 20 de abril de 2009

Over and over again

Escrevo aqui para não manchar meus lençóis. E crio expectativas, tenho ciúme e me decepciono. Quem nunca ficou assim que atire a primeira pedra, como dizem todos...
Visivelmente desmancho. Visivelmente entristeço. Sempre achando que engano, enganando, assim, somente a mim.
Logo fico arrependida. Inventando outras falas e gestos. Olhares de desdém e resmungos desinteressados. Ou piscadas significativas. E me esqueço dos rostos, sinto-me pequena e vazia com isso.
Tudo é motivo para o nada que realmente acontece. O que deveria notar passa despercebido. E aí, quero me socar, me estapear, me jogar nas paredes. Pensando, claro, nas frases de peso que me faltaram no fatídico momento.
O que escrevo é complicado ou talvez, mais verdadeiramente, tosco, porque escrevo em pedaços. Surgem as coisas com tamanha velocidade e fluidez que simplesmente vomito tudo, tudo.
Saudade do mar. Quero Cecília. Quero aquele movimento lento e feroz... letal. Quero a ressaca estúpida que lava os pecados e deixa tudo sem importância. Quero buscar minha respiração, minha vida somente e quero satisfação disso... felicidade. Preciso saber que sou feita também de instintos, animalizações [?]. Não só do racional, tão persistente e cruel.
Como me fariam bem alguns segundos [de fato] de Alberto Caeiro. Admiro profundamente os, quem sabe, ignorantes. Agora, daria bastante para sentir a grama sob o corpo, sem pensar na grama ou nas formigas ou nela(s)... sem pensar.
Tô andando sem rumo e sei disso. Ah, como incomoda essa sensação, crua noção da verdade.
Preciso mudar. Mas... as pessoas mudam?















[sabe o que é mais bacana? isso não é sobre ninguém em especial (ou é?); também não é sobre um tempo específico, passado ou futuro, se é que ele existe.. talvez não seja nem mesmo sobre mim.] Acho que vou começar a escrever ficção. =)

sábado, 18 de abril de 2009

confused

eu gosto de você, tenho vontade de você, da sua boca na minha.


simples assim.







please, make me do it! make me strong enough to do it!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

bipolar




reflitaok

terça-feira, 7 de abril de 2009

.sem.título.

Será isso arrependimento? Das minhas vontades súbitas e do meu desistir tão persistente?
Caço tudo e todos, guardo numa gavetinha e prometo olhar mais atentamente em breve, aprender mais profundamente. Mas me canso, brocho [se preferir].
Minhas mãos tremem, meu corpo formiga inteiro. Tenho ciúme/inveja/anything. E sinto por alguém que não conheço. Alguéns, ninguéns, alguns.
Sinto-me superficial. Pouquíssimas palavras e gestos (gostos) e sorrisos me iludem. So easily.
Quero entrar na mente de alguém. E quero parar de imaginar situações. Porque quanto mais eu as imagino, mais longe da realidade elas ficam.
Vontade de sumir e de ser notada ao mesmo tempo. Bastante camoniano, não? Vou desenhar uma HQ de bonecos de palito. E o mundo vai ser meu, pelo menos aquele. Sem interferências estrangeiras.
Enjôo. Das pessoas, da paisagem, da rotina. De mim mesma. Quero viver minha vida numa asa-delta. Quero pousar levemente na areia. Observar as ondas por horas e horas e só então, sentir a água gelada abraçando cada centímetro. Quero uma borboleta no ombro. E quero tranqüilidade, a minha tranqüilidade, como EU a vejo.



Incomoda a velocidade do fluxo sanguíneo. Posso ouvir as batidas fortes e fracas, sem ritmo.
A questão é: serei capaz de sonhar com todo esse ruído e tremor?