sexta-feira, 29 de maio de 2009

ônibus

Tenho medo de falar isso pra você. Quando disse "Má, eu te amo", fui capaz de responder somente um "eu também" encabulado.
Você poderia/pode achar outra coisa e a idéia de você mudando comigo era insustentável.
Fico bem na sua presença, mas nossas mãos sempre dão um jeito de se tocar; os dedos, de se entralaçar. É sempre assim com você? Comigo não é.
Estou aqui pra você e espero ainda estar por muito tempo. Mesmo pra ouvir das merdas que fez com outra pessoa. Fico bem, fico mesmo. É só o modo como nos tratamos, nos abraçamos, que continua a me dar um resquício de esperança. [please understand]
Amo muito você, da forma que for.

domingo, 17 de maio de 2009

05.05.2009

(...) Diz no meu ouvido que tem medo e deixa eu te proteger, assim como tem me protegido de você. Posso e quero correr o risco. E tenho saudade, uma saudade esburacadora de tudo dentro de mim, ardida, azeda, amarga. (...)

today is gonna be the day

Eu quero a mim mesma. Desejo a minha alma. Você me prende tão profundamente. E tudo que preciso é de um pouco mais de mim.
Escrevo com hidrocor. Verde, claro. E não sei se entenderei mais tarde. Você continua me reprimindo, sempre, sempre. Quero virar na Augusta, breaquice impensável/não impensada.
Me deixa viver a loucura e, talvez, bater a cara no muro. Sou mimada e sempre fui, mas agora toda a minha necessidade é de menos importância. Pára de me dar tanta atenção, tô longe de ser de cristal. Porque a brisa boa, a companhia insubstituível, perderam o lugar pra sua cara de preocupação e seu nariz insensível.
Quero furar o ar sozinha, dormir nas escadas da Sé. Mas sua impermissão me broxa de tudo.
Tenta me entender, mas não compreender. Tô pedindo que abaixe a cabeça e isso é sujo, mas minha sobrevivência depende disso agora.
E não aumenta as proibições ainda mais por querer ficar no whisky a noite inteira e ir fazer o que tenho que fazer normalmente depois.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

fuga

Quero rabiscar as paredes, andar pelo teto e brincar de malabares nas estrelas pontudas do céu que desenhou comigo.
Vem ver o fundo do mar? Me ajuda a brigar com os tubarões e segura minha mão ao observar os belos corais. E anda comigo na praia, vendo o sol, seguindo o menininho de sunga vermelha e balde recém-comprado.
Passa mal de dar risada, se joga na cama e relaxa. Eu tô aqui e não há outro lugar ou momento que invada meus sonhos, tão embriagados que estão com esse teu sorriso-farol.
Balança na rede, cabelos jogados, roupa de casa. Fica aí, preciso dessa imagem para sempre gravada em mim. Você pra sempre gravada em mim.

terça-feira, 5 de maio de 2009

por favor, não leia.

Inveja. Inveja ruim, maldosa, prejudicial. Mas não posso e nem quero negar. Quero crescer. E, sinceramente, não me importa se você e/ou alguém vai se ferrar. Quero melhorar. Porque sei que sou sensível, sou neurótica e quero ser perfeita. Sou assustada, estou assustada. E se não conseguir? Dúvidas enormes do que vai ser de mim. Acabarei me tornando aquela que mais amo e mais desprezo? Logo que me der conta disso, espero ter coragem para evitá-lo ou pará-lo. De uma forma ou de outra. Porque me consome devagar o pensamento dessa vida que assisto.
Tenho somente treze minutos. Preciso de conexões e encaixes. Preciso de verdade, não de imaginação. Cansei da imaginação. Mas... não consigo me livrar dela, de jeito nenhum.
Porque a necessidade de impressionar? Não entendo a humanidade (muito grandioso? também não gostei). E, tomando os parênteses como mote, faço/falo/lembro cada vez mais o que menos me agrada. Sadomasoquismo, já disse, rolando solto.
"Já disse"... Repito-me com freqüência estrondosa, até mesmo sobre a repetição. E restam-me 10 minutos. Breves agora que quero evoluir.

Acho que preciso de mais algumas horas semanais de terapia: as primeiras, para mentir; as últimas, para começar a dizer minhas verdades, quem sabe?


Sou uma pessoa hipócrita. Falta-me a força de vontade. Os culhões, talvez. Sou passiva. Uau. Sou passiva mesmo. Grande revelação. Preciso realmente de alguém me conduzindo, segurando minhas rédeas? Que deprimente. Espero estar enganada. São apenas delírios wannabe.


Já estou espaçando demais os parágrafos desse texto. E isso tem me incomodado tanto. Vou ficar realmente emocionada no dia em que escrever algo decente. Céus. Desprezo-me com tal força que o desequilíbrio é constante. E já não tenho vergonha de admitir isso. Torno-me a cada segundo mais e mais indiferente. Não sei dizer o quanto disso é honesto. [Não gosto dessa palavra e suas variações. Honestidade. Feio, muito feio. Não o sentido. Dele, não tenho certeza. Mas a palavra em si. Assim como fé. Impressionantemente brega.]

É possivelmente mais saudável para mim postar textos antigos. Ou de terceiros. Não gosto mesmo do que tenho produzido. Perdoe-me por te dar a chance de ler algo tão baixo.












sei bem que vou me arrepender, mas não consigo me segurar por causa do que talvez venha a sentir.