sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Produções da insônia

Meu senso de segurança desmoronou, porque saiu da minha vida. Está ausente.
Antes, seu olhar era suficiente para me acalmar, para me deixar tranqüila. Sua voz, praticamente uma droga. Droga muito singular, na verdade, capaz de me relaxar em um instante e, noutro, me fazer tremer e ficar completamente hipnotizada, sem conseguir me desviar.
Você me pegou de surpresa. E agora, eu esqueço de respirar quando penso nos seus beijos. Borboletas voam loucamente em meu estômago, batendo nas paredes com a força certa. A intensidade certa das suas unhas nos meus braços, das suas mãos puxando meu cabelo.
Quero beijar seus olhos, te segurar inteira ao meu lado. Sentir sua respiração acelerando e acalmando; o susto do inevitável, do desconhecido e fantástico.



É... eu acho que tô gostando de você mais do que devia...
Me perdoa por isso?




[não, eu não gosto da reforma ortográfica!]

With you

Eu pego fogo com você. Sua pele é elétrica à minha. Só de pensar na sua mão acariciando-me a nuca, eu perco o ar.
Seus dedos leves, lentos me deixam arrepiada, sua língua nos meus lábios...
E o sorriso malicioso fica estampado no meu rosto, porque, com você, eu perco a noção do volume da minha voz.
Fecho os olhos... querendo sentir seu corpo mais próximo de mim.
Suas provocações, desviando-se, rindo da minha urgência, da minha vontade declarada.
E sei que sente o mesmo, porque te sinto arrepiando e ouço seus prazeres. Percebo o nervosismo calmo, toda a expectativa sendo superada. Sou fraca, muito fraca. Tenho vivido constantemente nas suas mãos.








Porque com você... eu me liberto.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Involução

Tenho tentado voltar ao normal. Sinto-me inferior em relação a quem já fui um dia. Em alguns sentidos, somente.
Vejo coisas, milhões de coisas, melhores do que eu, minhas intenções e meus feitos. Mas vou crescer, vou mudar. Porque esse é o tempo certo. Nada de "sou velha, não vou melhorar agora". No dia em que isso acontecer, eu morro. Talvez não fisicamente/biologicamente... a morte intelectual e sentimental é muito pior que isso, imagino.

Sou um cachorro, já disse. Gosto de vento na cara e gosto de correr loucamente, apostando corrida ou atrás de uma bolinha qualquer. Só a ingenuidade eu não sei se tenho também. Quem sabe? Acho que em alguns momentos, sou mais inocente que qualquer vira-lata eternamente agradecido.

Aaah, malditas palavras que não me vêm [vêem]! Meus pensamentos são indizíveis. Liberdade de expressão uma ova. De que ela adianta se eu gaguejo?


Quero virar uma graphic novel, milhões de belos desenhos pelo corpo. E quero piercings também. Quero ser quem eu sou, quem eu ambiciono ser algum dia. Without giving up.



Cara... tá tudo tão fragmentado. Que irritante. Vejo-me como alguém iletrado, incapaz de se comunicar. Faço de tudo pra isso parar. Talvez seja a real (e agora não tão inconsciente) motivação desse baú empoeirado.


Às vezes, queria menos mundo pra eu explorar. Mas, escrevendo isso, noto que é uma merda sem fim.
Quem sabe? Quem sabe?
A insatisfação vai me fazer ter mais força pra tudo. Disso eu sei!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Implosão craniana

Abraçada ao travesseiro, vem a mente o cheiro dos seus cabelos, sua carinha sapeca de "vem-logo-ou-não-vai-dar-tempo". E imagino o que aconteceu naquela noite, seus movimentos e suas palavras.
Faço minhas encenações, meu cérebro funcionando a mil. E penso que nada vai se tornar real. Tenho saudade, mas não de você agora. De você nos seus melhores dias, segurando minhas mãos como se eu fosse a única.
...
Meu horóscopo foi assustador hoje. Dizia algo do tipo: pare de sonhar com o que é impossível e concentre-se nos seus objetivos, pois eles são alcançáveis e te deixarão satisfeito(a). [parafraseando]
Foi um chute no estômago... minutos antes, estava me concentrando para não pensar no seu sorriso durante a aula.
E depois do choque, fumei um cigarro não tão bom (que faço questão que acabe logo), viajando no que poderíamos ter sido. No que talvez possamos ser.


O desamparo. A falta de segurança. A abstinência das palavras que antes me apoiavam e me guiavam de uma forma ou de outra. Tudo mudou, pra pior, e eu não sei dizer quando esse tudo ficou de pernas pro ar. Ou quando cada pedacinho foi se soltando lentamente da estrutura e sumindo sutilmente numa dimensão qualquer.


Quero te machucar às vezes, sabe?! Ver tua reação, porque eu NUNCA sei o que esperar de você, como de tantas outras. E isso incomoda tanto, tanto. Quero teus extremos, um tapa na cara com os olhos molhados.


E o SM rolando solto, vai saber?

domingo, 15 de fevereiro de 2009

E na noite seguinte

Sim... não posso esquecer meus cigarros.
Ok. Brinco de criar situações com as pessoas. Cenas e falas e reações que me convêm de alguma forma. Algumas, superficialmente, me seriam prejudiciais, mas analise melhor e entenderá o que quero dizer. Perceberá características minhas que podem te surpreender. (é, eu não ligo de usar pessoas pronominais diferentes, certo?!)
A questão é que eu não acho essas encenações muito saudáveis. Meu possível distúrbio psicológico faz com que eu confunda imaginação e realidade. Talvez todo ser humano seja assim, mas é uma situação que assusta um pouco meu pequeno planeta. (lembrei do Pequeno Príncipe meeeesmo)


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Quero a falta de vergonha, o não-medo-de-tapa-na-cara. Espontaneidade. Quero uma vida como aquelas fotos que saem na hora da câmera e que ficam esbranquiçadas depois de algum tempo. A coragem DO e NO agora e a percepção de que depois tudo pouco importará, ficará embaçado e confuso. Tente adivinhar e só o que terá são suposições, nunca terá a real certeza. Quem sabe, para sentir-se bem, acreditará nelas. Mas em uma dia qualquer, a dúvida vai mostrar que ainda vive.


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ficadicaok: digitei isso levemente alcoolizada.... então, não conta..

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Descoberta e conclusão

acabo de notar: sexta feira 13...

muito válido!



falta de léxico... linhas mentais excessivamente conturbadas para permitirem acompanhamento.
talvez em algumas horas!

First of All

criação: depósito de pensamentos vomitados e sádicos.


incapacidade de tornar este um local original e único visualmente: limitações tecnológicas.





"you were not made to stand and fight"