terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Subordinação

Não tenho segurança nenhuma. Em tudo, outras pessoas podem influenciar. Podem quase me matar. Podem foder com o amor que eu tinha por elas. E essa perspectiva é absolutamente aterrorizante.
Os grandes dias estão mais próximos e a impressão que eu tenho é de que a água está subindo e eu tô ficando sem fôlego. E aí fico mais sensível, o nó na garganta impede literalmente que eu fale e o coração... Ah, esse parece que foi atravessado por uma lança.
A vida não começou ainda e já tenho vergonha de mim. Estou certa de que, se me conhecesse um dia, me desprezaria terrivelmente. Novamente, surge a questão do imaginário. Ou, talvez - idéia nova -, da possível doença. De acordo com minha terapeuta, se 3 pessoas concordam sobre alguma coisa, essa coisa é real/verdadeira.
Não sei, não sei, simplesmente não sei. E há tanto tempo que não sei de nada. A sensação já é até enfadonha (imagino o quanto é chato pra quem estiver lendo).
Não tenho certeza de minhas palavras, de minhas dores. Meu orgulho não obedece mais, dificulta as lágrimas mesmo quando as quero lavando o rosto, arrancando o peso do peito.
Deus, eu deveria parar de fingir, a cura viria mais rapidamente. Como raios eu posso querer ajuda se minto até pra mim mesma? Se enterro todas as decepções pra deixar o sorriso pseudo-piadista à mostra?

Não suporto mais isso tudo. Quero começar de novo, sem medos. Ou sem os novos, pelo menos. Já tinha o suficiente, juro!

Respirar dói. Sair da cama dói. Essa desesperança arranca minhas unhas sem compaixão, me deixa jogada num canto, inconsciente.

Acho que preciso de escuro. E vazio, todos eles... No escuro, eu não sou opaca. E acredito que é melhor ser vazia do que opaca.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ela tinha cigarros - graças a Deus - mas lhe faltava a chama. E foi andando por aquelas ruas semi-conhecidas, procurando um companheiro de vícios.
Entrou num café, queria uma água gelada. E viu, sentados harmoniosamente, rindo, pai e filha. Invejou a naturalidade com que se tratavam. O pai, fumante, faria sua felicidade:
- Com licença, você tem um isqueiro? - sorrindo, intrometida.
O velho sorriu de volta, pegando o aparato de metal da mesa. A garota fez menção de tomá-lo de sua mão, mas entendeu o costume antigo. Galanteador nos velhos tempos, ele quis acender seu cigarro. O vento atrapalha, claro. E a menina ri constrangida com o pai, olhando a estranha curiosamente. Interessada, possivelmente. Sucesso do pai e encanto da filha. Pensou ouvir um "broto", pensou perceber um toque sugestivo nos cachos. Simplesmente agradeceu sorrindo, piscando - pelo costume, pelo charme - e foi-se embora, no sol e na brisa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

É.

Eu sou alguém aqui. E agora. Sou alguém louco, alguém inexistente. Sou alguém com, talvez, muitos amigos (imaginários). Sou alguém que se olha no espelho e não vê nada.
Sou alguém que fala sozinho nas escadas no metrô. Recita seus (meus) versos para ninguém.
Alguém que poderia ter morrido. E matado. E se tivesse matado algum dos meus amores, meu deus, como morreria. E sofreria antes disso, na tortura infinita do suicídio. E sofreria pela eternidade depois, pois teria arrancado a vida de alguém valioso.
Alguém sem certeza do que escreve, sem regras gramaticais. Sou alguém.
Sou alguém que não vê sentido em não poder encarar grandes olhos escuros. Alguém bêbado (a).
Sou alguém com ânsia. Do trauma. Da pinga.
Alguém que chora sozinho nas escadas da Paulista.
Sou aquele que não liga. E não pense que não penso. Sou somente boba. Recitando meus versos. No metrô. Antes da bronca da mãe.
Sou orgulhosa do orgulho que não faz sentido. Sou alguém sozinha. Pois tudo é imaginação, sei disso. Imaginários, já disse. E amo tanto essas produções de minha mente. E dói, como te falei hoje.
Sou alguém previsível. Mando mensagens. Sou alguém covarde.
Sou carente. E envergonhado. E sou neutra em algumas coisas. Gritando e ficando tímida. Sou alguém mutável, completamente.
E não me odeie por isso. Ou por outros motivos. Sou alguém louco. Completamente debilitada.
Olhos pequenos e escuros. Olhos quase claros. Muitos pares de olhos. Todos me encarando, com amor, quem sabe. Mas acusando também. Pois sou podre. Sou alguém de dedos tortos. E mãos infantis, feias. Sou alguém que perdeu metade disso tudo pelo caminho. E que pode (vai) perder a outra metade no passar dos anos. Ou dos dias. Sou alguém que desconfia.
Sou alguém vunerável. Com sentimentos de Chuck Norris (ria agora, é essa a hora). Nunca vou perder a piada. E desculpe se meu rosto sério te afeta. Quero sorrir. Pra fazer a todos somente o bem. Pois sou fraca. E volúvel. Sou alguém que não se ama. Alguém dependente.
Jogo essa responsabilidade, eu sei. E peço desculpas por isso. Sou alguém que sente muito, mas que não fala. Tenho nariz empinado, ainda. Não pergunte, também desconheço a razão.
Sou alguém que não precisa ter suas palavras lidas. Pois estas palavras não condizem com a falsidade que é base do que você acha ser eu. Nem eu sei quem sou. Já não sei o que é mentira. Já não sei o que é vindo realmente da concepção. Sou alguém que mente (e que novidade).
Sou alguém... abandonável, no final das contas. Você verá. Fale que é besteira agora, mas verá.
Pois me olho no espelho e não vejo ninguém. Olho minhas unhas, meus trejeitos. E tudo parece montado. Preciso do útero novamente. Preciso do calor da proteção. Do mundo, dos outros, de você e, principalmente (por mais brega que isso soe), de mim mesma.
Acho que sou alguém que nunca chorou e nem vai conseguir chorar todas as dores que envenenam tanto.
Sou absolutamente, irrevogavelmente, ninguém.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estação

Tudo é recorte, pedaço perdido. Sou incompleta, estou em frações.
E mais uma vez, perdida em mim, me desespero.
- Filha, está tão abatida.. - ela diz, aflita.
Estou entre o choro e a náusea, vendo faixas pretas, imagens sem alma. Desculpe, mamãe. Estou frágil como um cristal antigo e empoeirado. E opaca. Suja.
Exaustão. Sabe o que é isso? Exaustão daquela que incapacita mente e corpo, mas é vil e não te deixa repousar. E se você teima, tem pesadelos. O cansaço te prega peças. E você sonha estar caindo no infinito, pulmões comprimidos, ouvidos queimando. A cama parece te engolir e o coração já acorda disparado. O dia seguinte passa por você enquanto você olha assustado para todos os cantos, procurando o Murphy que vai te foder.
Então tudo se torna zunido, barulho dolorido, sinfonia de obra. O mundo gira, eu não posso acompanhar. Quero parar e filosofar, fazer piada-sem-graça no banco da pracinha. Sentir o cheiro do café e encarar a fumaça do cigarro, da boca, descobrir seus caminhos.
E não posso, ironicamente. É verão. Não posso, simplesmente. E não sei o motivo. Nunca soube.

sábado, 14 de novembro de 2009

E eu não vou mudar quem eu sou... Provavelmente vou me machucar, mas vou ser fiel à minha índole.
E foda-se! \o/


(beuds, claro)

sábado, 31 de outubro de 2009

Chapads.

"Ela queria viajar, viajar, para não ficar somente olhando fotos. Inveja veio forte, como sempre. E a raiva da família, sempre tão errada. E se não fossem errados, a vida seria diferente. E seria feliz, talvez. Talvez não, somente esperança de em uma outra dimensão ter felicidade. Esperança, somente."

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Forrest.

Quero correr. Sentir o corpo esquentando lentamente, o vento às vezes arrepiando a nuca. Pernas doendo, os músculos todos perceptíveis.
Quero o cabelo voando, os olhos quase fechados, o coração alucinado. Tocar o chão de leve, sorrindo com a liberdade. Correr sem medo de cair, correr sem obstáculos.
Pensamentos sorrateiros fora da mente, somente almejando a próxima árvore, a próxima curva fechada.
Falta de ar sem precisar gritar. Sentir-me gritando no silêncio absoluto. E gritar, enfim. Expulsar tudo, tudo. Braços bem abertos, preciso de toda a magnitude desse momento tão meu.
E quero então somente olhar as nuvens. Respirar devagar e ouvir as palpitações no peito se acalmando. Ouvir o mar...
E ficar tranqüila. Por alguns segundos, que seja!, mas ficar tranqüila.
Preciso correr.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

I wish.

On the floor of Tokyo
Or down in London town to go, go
With the record selection
With the mirror reflection
I'm dancing with myself

When there's no-one else in sight
In the crowded lonely night
Well I wait so long
For my love vibration
And I'm dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

domingo, 18 de outubro de 2009

"Vocês entenderam? Não entenderam nada, né?!"

Incrível como quando eu abro essa janelinha do blogger, as palavras somem. Caramba, tinha um texto pronto na cabeça, só faltando uma ordem minimamente compreensível. Que inferno.

Enfim, hoje foi o dia do azedume. Do não suportar me olhar no espelho. E tenho a suspeita (e o medo) de que amanhã será igual. Maldita bipolaridade essa que atinge tão forte.
Cara, eu tenho o costume terrível de acreditar no que as pessoas falam. As palavras têm um significado muito, muito grande pra mim. E parece que com os outros não funciona assim. Minha terapeuta diz que eu estou certa nesse sentido, que levo as coisas com seriedade/sinceridade. Mas, na boa, só tomo soco no olho. Não é possível que EU esteja correta. Talvez o errado seja melhor. O "errado positivo", sabe?...
Ando cansada das pressões, das cobranças. Juro que também tenho problemas. Vários. Tá tudo tão bagunçado a tanto tempo que às vezes parece que me acostumei. Que vivo bem assim. E aí eu surto. E fico nojenta. E quero sumir do Universo, infinito inexistente.
Faz um tempo que percebi essa proximidade físico-sentimental: meu quarto está uma ZONA. E só consigo ver um jeito pra ele quando me mudar de casa. Encaixotar tudo e redecorar, rearranjar. Ver com outros olhos. Entende, tirar o pó e ter um lugar certo pra cada caixinha cheia de brincos ou cartas? Não jogar tudo pela cama/chão sem visualizar de modo pragmático como as coisas podem ser melhor organizadas. Metaforicamente, essa é minha vida. E quer saber há quanto tempo meu quarto tá o caos? Acho que uns 2 anos. É, é.

Quero a boemia. Confortável boemia. Cerveja gelada e um maço de cigarro. Amigos e risadas. E conversas profundas sobre o passado e o futuro. E ter a certeza de que estarão lá. De que não sofrerei de saudade. As coisas boas não devem mudar. Mas mudam e doem. Será isso tudo cíclico? Tenho pavor de que o que penso ter agora, o pouco que me salva da alucinação constante, desapareça também. Pavor de ficar sozinha, no fim das contas. Não é disso que todos temos medo? Talvez minha loucura se torne menos suportável a cada segundo de convivência. Desculpem-me por isso. E me façam calar a boca... Façam com que algum brilho me volte aos olhos.
Tenho medo, tanto medo. E quero tanto, paradoxalmente. Sei que estou anestesiada, acordada e sentindo a navalha na pele. Acordem-me, acordem-me. Eu suplico.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Nostálgica (2)

Hoje arrumei uma parte do meu armário. Revi meu material de Linguagem Arquitetônica, plantas recortadas e analisadas, minhas pesquisas a respeito de Arquitetura. Um sonho perdido, não tão antigo assim. Mais um sonho abandonado.
Folheei meus álbuns de formatura, os convites das colações. Fotos, pessoas, sorrisos, eus tão diferentes. A vida era outra. Nem melhor, nem pior (absolutamente), mas outra. Tenho saudade de uma aura de inocência que emana daquilo. Porém, lembro dos amores e da dor que causaram. E choro tanto. Choro uma tristeza opaca, amarela da natureza. O tipo de amarelo que não me incomoda.
Sento-me nas escadas da garagem, escrevendo o que está perdido. Escrevendo o medo de que os dias que virão serão cinzas e difíceis de discernir. Dias perdidos, eu sei.
As lágrimas bêbadas de sexta já não fazem sentido, sinceramente. Novamente me escondi para todos e, principalmente, para mim, como disse uma certa lagartixa. Dói insuportavelmente e o colocar pra fora é impossível. Talvez sempre o será.
Não entendo o motivo de ser tudo tão rápido, tão passageiro. Não entendo minha incapacidade de alimentar o que é bom, de desistir com tanta freqüência.

Curiosa a razão desse blog. Posso dizer aqui o que quer que seja, sem a terrível impressão de estar incomodando. Quem lê, lê porque quer. E lê sem que eu saiba, longe de mim. A vergonha não é tão paralisante.
Minha indiferença com o mundo reflete a indiferença comigo mesma. Nesse momento, esperança é uma emoção distante, de contos de fadas.
A possibilidade do amanhã me desespera. Essa incerteza é um ácido engolido lentamente, sem deixar impune uma única célula. Queria o surreal: voltar no tempo, no segundo do primeiro choro, da primeira leva de oxigênio nos pulmões. Mas sem perder as pessoas e lembranças que me fazem sorrir sozinha. Algumas pessoas, porém, teria que perder completamente, pois o que me fazia/faz bem nelas já não é suficiente. Ou talvez não possa ser simplesmente destacado dessa forma.
Sou uma águia, velha definição. Meus olhos apreendem o que tentam esconder com uma fúria infinita. Gostaria de ser cega, entende? Desejo aquela divina bolha, que isola tudo, inclusive meus pesadelos.
Aflição.
Aflição..
Aflição...
O segundo cigarro chega ao fim; tenho minhas mãos sujas e um frio desconfortável. Despeço-me mais uma vez.


Marina

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobriedade.

Ando cansada. Exausta, na verdade. Não há absolutamente um único ponto na minha vida que esteja definido ou que me faça bem. Estou enjoando de muitas pessoas ao mesmo tempo. Isso, pra mim, deveria ser algo gradual. Sou uma filha-da-puta nesse sentido, pois não consigo disfarçar a repulsa que sinto. E que apareceu tão de repente. Ninguém é obrigado a entender isso, a suportar isso. Mas não há muito que eu possa fazer. Não enxergo muitos caminhos.
E estou cansada de loucuras alheias. Egoísmo? Beeeeem capaz; estou apenas sendo sincera. Às vezes é bom. Bom pra mim mesma, entende? Preciso urgentemente pensar em mim. Sofro para proteger outras mentes, para não causar dor. Ou escondê-la. Isso me tem feito mal. Desde que me entendo por gente, infelizmente. Não falo de mim, não cobro, por um trauma antigo. Com o reconhecimento de que sou traumatizada e de qual evento causou isso em mim, luto contra ele. Tenho perdido diversas vezes, mas suponho que seja normal. É um trabalho longo e árduo, mas realmente acredito que o resultado me fará muitíssimo bem, obrigada. Talvez até feliz.
Estou tentando também desconstruir certas imagens. É melhor fazer isso agora ou depois a abstinência será muito mais cruel. Posso me afastar nesse processo, mas, por favor, veja que isso vai ser bom pra mim. E, por ser bom pra mim, por me permitir amadurecimento intelectual-amoroso, será bom para todas as pessoas que se relacionam comigo ou que vierem a se relacionar comigo.
Não sei se essas palavras serão bem interpretadas. Não sei nem se EU sei o que significam. Mas não é minha intenção causar aborrecimento. Se causar, no entanto, não vou me importar. Não consigo mais me censurar. Tudo que vem acontecendo está tendo conseqüências muito claras no meu corpo. E a dor física, que me debilita mesmo que esteja fervendo de idéias e vontades, me faz compreender o mundo e a vida e as pessoas ao meu redor de uma forma completamente diferente. Mais cheia de esperança. Com mais lágrimas de felicidade e de risadas. Agora percebo: quero essa compreensão sempre comigo, sem precisar do corpo debilitado como gatilho.
Se estou sendo ingênua? Não duvido. Mas o otimismo que nasce no peito e que me percorre como um choque fraco, doloroso e prazeroso, me coloca um sorriso honesto nos lábios. E essa é uma sensação muito boa para se ter de vez em quando.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Digerindo

The signal is subtle
We pass just close enough to touch
No questions, no answers
We know by now to say enough
With only simple words
With only subtle turns
The things we feel alone for one another

There is a secret that we keep
I won't sleep if you won't sleep
Because tonight may be the last chance we'll be given
We are compelled to do what we must do
We are compelled to do what we have been forbidden

So I won't sleep if you won't sleep tonight

Our act of defiance
We keep this secret in our blood
No paper or letters
We pass just close enough to touch
We love in secret names
We hide within our veins
The things that keep us bound to one another

There is a secret that we keep
I won't sleep if you won't sleep
Because tonight may be the last chance we'll be given
We are compelled to do what we must do
We are compelled to do what we have been forbidden

Until the last trace and this hope
Is frozen deep inside my bones
And this broken fate has claimed me
And my memories for its own
Your name is pounding through my veins
Can't you hear how it is sung?
And I can taste you in my mouth
Before the words escape my lungs
And I'll whisper only once...

There is a secret that we keep
I won't sleep if you won't sleep
Because tonight may be the last chance we'll be given
We are compelled to do what we have to
We are compelled to do what we have been forbidden

'Cause you will be somebody's girl
And you will keep each other warm
But tonight I am feeling cold




Tudo pesando no estômago, causando-me ressaca. E ainda existem mais pensamentos pedindo análise. Talvez deva parar de pensar. Não sou racional e, agora, tenho inveja de exatóides. Seria tão mais fácil se minha vida fosse a tabuada do 2. Ou se houvesse uma fórmula idiota capaz de trazer a resposta, mesmo com todas as incógnitas do mundo.
Tempo, tempo. Preciso de tempo.
E preciso de um tapa na nuca pra começar a falar. Cervejas também funcionam bem se devidamente ingeridas em grande quantidade e, de preferência, sem nenhum alimento pra atrapalhar a absorção do álcool. Enfim, não gosto de conversar, principalmente se não tenho uma idéia clara do que sinto e gostaria de dizer. Mas foi necessário, talvez o seja novamente. E, quem sabe, até lá eu tenha aprendido a me comunicar.
Sei lá. Não enxergo o chão sob meus pés e não enxergo nada além de dois palmos do nariz. Caminho com medo e sem outra opção. Percorro quilômetros, subindo e descendo, completamente muda.
Realmente: sei lá.

Unable

Queria um caderno de colorir agora. Ou ser uma criança hollywoodiana que faça desenhos assustadores. Pois as palavras não me obedecem, nem são gentis. Elas fogem e me deixam sozinha no escuro, rosto molhado e olhos ardendo. Deixam-me sozinha com sub-palavras, essas que constituem meus textos mais recentes. E então eu tento me livrar do que quer que seja e fico pela metade nesse processo. Tento outros métodos, mas falho ainda mais (acredite, é possível). E continuo pela metade, cortada rudemente.
Tudo parece aumentar e se unir e mirar no ponto mais frágil dos meus ombros. Meus joelhos cedem e o que me resta é um fio de orgulho para manter a cabeça longe do chão. Não levantada, não tenho por que desviar o olhar do buraco em que (sobre)vivo; apenas longe do chão.
E choro tanto, tanto. Estou sob ataque incessante, agonizando na lama e tentando não acreditar nisso. Fingindo, costume antigo, mas perdendo a prática. Talvez meu talento não seja suficiente para problema de gente grande.
Outra noite mal-dormida me aguarda. Na realidade, não-dormida. E assim é melhor: não existirão delírios cruéis da minha mente torturando meu sono. Somente o pesadelo que minha vida tem sido e que já suporto de olhos abertos e sorriso nos lábios há bastante tempo.
Quero um caderno de colorir...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Palavra de ordem: FODA-SE.

Sabe quando você começa a puxar os cabelos e a arranhar o rosto pra não gritar um "VÁ PRA PUTA QUE TE PARIU" bem gostoso? Então...


E agora quero ver reclamar de filha bêbada e drogada. Quero mais é que me expulse de casa mesmo. Pelo menos me livro desse inferno. Duas ignorantes vivendo fora da realidade. Que sejam felizes assim, eu pretendo (e vou) sumir dessa "família" nojenta.


Vou tocar o puteiro nessa imbecilidade. As conseqüências? Quero que venham e me batam na cara. Eu vou rir e vou irritar ainda mais. Não tenho absolutamente nada a perder.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Cabeça vazia

I dont want to be, part of the problem.
I try so hard, to get roughed up.
Fists on up, its looks that easy.
Looks that way to me, looks that way to you.
But then theres you, telling me I can.
But then theres you, screaming say something.

I want the ocean right now, I want the ocean right now.
I get so jealous, that I cant even work.
I get so jealous, that I cant even work.

There I am in the morning, I dont like what I see.
There I am in the morning, I dont like what I see.

I dont know how, its become such a problem.
Keep you up all night if I, try to remain calm.
How can they ask, why I feel so angry,
do you see my problem, if I never explain it.

But then theres you, asking how long,
say something, its taking me so long.

I want the ocean right now, I want the ocean right now.
I get so jealous, that I cant even work.
I get so jealous, that I cant even work.

I get so jealous, that I cant even work.
I get so jealous, that I cant even work.

There I am in the morning, I dont like what I see.
There I am in the morning, I dont like what I see.




Pouco legal ficar em casa sozinha. Tenho uma capacidade MUITO grande de pensar merda. Incrível.
I need to talk to you. I need some security... And I will. I'm just waiting for some courage. ;)

Agora me dê licença. Vou ali gritar com a cara no travesseiro.

domingo, 23 de agosto de 2009

Domingo


That's what I was thinking.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

new text

censura. talvez amanhã, com algumas correções.

sábado, 15 de agosto de 2009

Only Me

Coloca a água no fogo, preciso de um café. Só quero sentar e ficar quieta no meu canto escuro. Pensar em frases bonitas, ouvir jazz e sentir todo o indizível. Não me ligue, não me chame pra sair, hoje eu sou somente minha. Necessito do meu universo, onde tudo posso (dizer/imaginar/fazer). Não quero sorrir para estranhos por educação, não quero pedir licença, quero o agradável da minha companhia. Sem constrangimento pelo silêncio, só algumas/muitas epifanias ou nenhuma.
Tenho vontade de pensar e pensar diversos assuntos e então descobrir porque cada um deles surgiu em minha cabeça. Esqueci a palavra que designa isso, mas sei que posso perder horas brincando assim e nada mais.
Quero mais dos meus cachorros, meus gatos, quero sentar na grama com eles e descobrir as formas das nuvens, vê-las mudando gradativamente.


Já deram o sinal do meu ponto, preciso descer. Ônibus e divagações chegando ao fim.

sábado, 8 de agosto de 2009

Everything is gonna be fine again. I promise you. =)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Lembrança.

"Eu ainda quero entender o que vc faz comigo.
:} "

Não lembrava que tinha isso guardado. Caramba...
Imagino se conseguiu entender. Ou se isso que faço com você simplesmente sumiu.
Imagino, somente...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Time Off


Sabe quando você não tá afim de escrever? Nem de procurar algum texto bonitinho ou qualquer coisa assim? Então, tô nessa fase.
Folguinha pra cabeça, pras pirações. De vez em quando é bacana. =)

É isso. Quem sabe eu poste amanhã. Ou no ano que vem.. Mas eu posto. Nem que seja pra falar que cansei de brincar de blog.

Beijos-pra-quem-é-travesti. E minlings, se quiser.


Edit: trégua, era essa a palavra que eu queria. Trégua pra internet e pras minhas crises existenciais. Enfim... tchau!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

we could be so much more.


I'm trying so hard to believe that.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Trash can, really.

Dedos amarelados, foi a nicotina tentando arrancar de mim o nervosismo.
Olhos vermelhos, a parte mais inconsiderável da tristeza transformada em água e sal.
Ombros e pescoço duros feito pedra, porque pensava em algumas palavras, mas não tive força para torná-las som.
Durmo na sala; meu quarto tem lembranças. Lembranças de você falando que aquele seria nosso mundinho, porta fechada e quatro paredes, sem mães, sem gatos, sem mais nada. E isso me dói. Lembranças do plano rápido de fuga pra Holanda, você rindo e mostrando a língua, sapeca. Fuga de nós duas, não só sua.
E tudo que escrevo é tão ruim, pois é mero reflexo desfocado do que fiz. Do quão ruim foi o que fiz. E do tanto que não queria ter feito, do tanto que queria voltar no tempo.
Foi tudo tão absurdamente veloz. Não fui capaz de acompanhar e viver esse absoluto. Pessimista que sou, procurei defeitos e problemas. Ao não encontrar, fui e fabriquei a minha própria fonte gosmenta de sofrimento. Passando por cima de você, rasgando meu limite, pisando e cuspindo nessa linha que me foi invisível.
Não faz sentido pra mim estar longe de você. Nunca me passou pela cabeça. E talvez tenha 5 anos, talvez não seja tão crescida assim.
Não sou para você, pelo menos não agora. Gostaria muito de ser, você não faz idéia. Mas nunca quis ser e não é agora que serei mais um ego pra você deixar feliz, mais um motivo que te faça querer ir pra tão longe e por tanto tempo.

Peço desculpas mais uma vez. Sinceras. Espero que lembre como pra mim isso é difícil. Espero que essas palavras insossas tenham algum significado.

Melhores dias virão. Dias em que seremos nós mesmas de novo, uma com a outra. Dias em que saberemos que o que acontece agora é só pra gente ter a oportunidade de mostrar o dedo do meio pra vida, mesmo que ela nos dê limões.


É isso.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Não

Não consigo escrever...
ou pensar...



Quero uma bolha pra viver dentro, silenciosa e escura. Quero uma bolha que me deixe incapaz de sonhar, porque sonhei com você a noite inteira, SIM. Literalmente. E não pude acreditar que não estávamos bem, que aquilo era somente minha imaginação me dando colo e conforto. Não pude..

domingo, 12 de julho de 2009

O que eu procurava.

Difícil saber como não pude ver
você sempre ao meu lado
Eu andava só, mas é bem melhor
com você sempre ao meu lado

É mais do que parece, preciso dizer
eu nunca encontrei alguém que possa me entender como você
Eu procurei tão bem, mas não há ninguém como você
e no seu olhar eu fui encontrar o que eu procurava

É tão bom assim o que você diz
me deixa tão feliz
Junto de você não tenho mais medo,
você sabe os meu segredos

Milagres acontecem, preciso dizer
eu nunca encontrei alguém que possa me entender como você
Eu procurei tão bem, mas não há ninguém como você
e no seu olhar eu fui encontrar o que eu procurava





I'm so truly sorry. I hope you can believe that someday. I hope we can forget this. Together.
Do you?

domingo, 5 de julho de 2009

colocando pra fora.

Não sei o que sinto, sei que dói. É tudo tão maravilhoso e quando nasce o sol, sinto meu coração desmoronar. E várias preocupações se unem contra mim, preocupações que não tenho maturidade pra agüentar, pra viver.
A tristeza maior é não poder dizer isso tudo, sofrer isso tudo. Tento chorar e não consigo, tento rir e me saio um pouco melhor. Mas nem tanto.
E eu vou esperar, esperar pela sua melhora, esperar que eu consiga fazer o que devo fazer. Mas quero você comigo a noite toda, todas as noites. Quero seus olhos grandes e sua boca deliciosa. Sentir seu perfume, seu cabelo, aquecer seu corpo e ficar feliz, até mesmo aliviada, com seu abraço no meio do sono, me protegendo do frio.

Yvonete vai me ver num lugar que ninguém deveria, que eu não gostaria. Mas vai. E isso será bom, creio.

Não entendo como pode ser tão difícil me esforçar. E o assunto agora é outro. Pelo menos nessa parte eu poderia ter mais tranqüilidade. Mas sou burra. Pra caralho.
Sinto meu peito arder a cada inspiração. Quero sinceramente que essa sensação enlouquecedora tenha peso, me faça agir.


Achei que escrever pudesse ajudar. Mas não encontro as palavras, só percebo as lágrimas se formando. E seguro tudo. Sem motivo. Ou com motivo desconhecido ainda.

Quero a minha casa, meu lugar com cheiros meus, com a geladeira cheia de cerveja, muitos maços de cigarro. E quero beber até desmaiar. Mas antes da inconsciência, quero chorar, berrar, gritar com a cara no travesseiro, dançar como se nada mais importasse. Quero sentir até a última gota. Quero sentir todo esse desespero saindo de mim. E não preciso de ninguém nesse momento. Talvez alguns soldados e só. Sem constrangimento.

Vou dar um motivo pro meu estômago doer e me impedir de comer.

domingo, 28 de junho de 2009

o que consigo traduzir em palavras.

Eu sei que é muito. E sei que pioro essa situação. Talvez nem tanto, mas tenho culpa. Eu quero você, ficar com você e não acho que possa evitar. Mas anseio por ver tranqüilidade nos seus olhos. Seus olhos lindos, labirintos.
Não se preocupa, manda esse medo pro inferno; é o que tenho feito com o meu. Eu não sou a parte da sua vida feita pra te complicar.

Quero aproveitar isso com você, sentir tudo com toda a força, saborear o que eu nunca imaginei.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

sem palavras.

Tonight you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
Will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
Or just a moment's pleasure?
Can I believe the magic of your sighs?
Will you still love me tomorrow?

Tonight with words unspoken
And you say that I'm the only one, the only one, yeah
But will my heart be broken
When the night meets the morning star?

I'd like to know that your love
Is love I can be sure of
So tell me now, cause I won't ask again
Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?Yeah



iPod tem 8 gigas e consegue me fuder no shuffle. Impressionante.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Love, love, always love.

Nossa verdade está em poucas páginas de um enorme caderno. Ao revirá-lo rapidamente, sem atenção, vejo cores rápidas e misturadas. E lembro de algumas coisas, não tudo, nunca tudo. Minha mente inventa olhares e palavras ou somente os aumenta.
O que eu pensei não acontecer talvez esteja aí, aqui, mostrando as perninhas, os músculos persistentes. Novamente fico sem entender. Não é normal o que acontece aqui dentro (e como odeio essa palavra - normal - cheia de preconceitos e humilhações). O amor que sinto não é propriedade de uma pessoa somente. É de várias, várias, inclusive de quem não conheço. Porque gosto de amar. Eu gosto! Quero dar tudo que possuo, tudo que posso sentir e quero logo. Não tenho tempo a perder. Esqueço-me disso às vezes (muitas). Só analiso negativamente e me culpo, me encho de angústia.
Mas, agora, no exato segundo em que construo essas frases todas, enxergo toda a MINHA verdade e realidade. O jeito como eu viverei minha vida. E sofrerei, amando tanto, amando com toda a força que meu corpo e minha alma podem me proporcionar.
Tudo de que preciso é realmente amor. E você...?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ônibus

Tenho medo de falar isso pra você. Quando disse "Má, eu te amo", fui capaz de responder somente um "eu também" encabulado.
Você poderia/pode achar outra coisa e a idéia de você mudando comigo era insustentável.
Fico bem na sua presença, mas nossas mãos sempre dão um jeito de se tocar; os dedos, de se entralaçar. É sempre assim com você? Comigo não é.
Estou aqui pra você e espero ainda estar por muito tempo. Mesmo pra ouvir das merdas que fez com outra pessoa. Fico bem, fico mesmo. É só o modo como nos tratamos, nos abraçamos, que continua a me dar um resquício de esperança. [please understand]
Amo muito você, da forma que for.

domingo, 17 de maio de 2009

05.05.2009

(...) Diz no meu ouvido que tem medo e deixa eu te proteger, assim como tem me protegido de você. Posso e quero correr o risco. E tenho saudade, uma saudade esburacadora de tudo dentro de mim, ardida, azeda, amarga. (...)

today is gonna be the day

Eu quero a mim mesma. Desejo a minha alma. Você me prende tão profundamente. E tudo que preciso é de um pouco mais de mim.
Escrevo com hidrocor. Verde, claro. E não sei se entenderei mais tarde. Você continua me reprimindo, sempre, sempre. Quero virar na Augusta, breaquice impensável/não impensada.
Me deixa viver a loucura e, talvez, bater a cara no muro. Sou mimada e sempre fui, mas agora toda a minha necessidade é de menos importância. Pára de me dar tanta atenção, tô longe de ser de cristal. Porque a brisa boa, a companhia insubstituível, perderam o lugar pra sua cara de preocupação e seu nariz insensível.
Quero furar o ar sozinha, dormir nas escadas da Sé. Mas sua impermissão me broxa de tudo.
Tenta me entender, mas não compreender. Tô pedindo que abaixe a cabeça e isso é sujo, mas minha sobrevivência depende disso agora.
E não aumenta as proibições ainda mais por querer ficar no whisky a noite inteira e ir fazer o que tenho que fazer normalmente depois.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

fuga

Quero rabiscar as paredes, andar pelo teto e brincar de malabares nas estrelas pontudas do céu que desenhou comigo.
Vem ver o fundo do mar? Me ajuda a brigar com os tubarões e segura minha mão ao observar os belos corais. E anda comigo na praia, vendo o sol, seguindo o menininho de sunga vermelha e balde recém-comprado.
Passa mal de dar risada, se joga na cama e relaxa. Eu tô aqui e não há outro lugar ou momento que invada meus sonhos, tão embriagados que estão com esse teu sorriso-farol.
Balança na rede, cabelos jogados, roupa de casa. Fica aí, preciso dessa imagem para sempre gravada em mim. Você pra sempre gravada em mim.

terça-feira, 5 de maio de 2009

por favor, não leia.

Inveja. Inveja ruim, maldosa, prejudicial. Mas não posso e nem quero negar. Quero crescer. E, sinceramente, não me importa se você e/ou alguém vai se ferrar. Quero melhorar. Porque sei que sou sensível, sou neurótica e quero ser perfeita. Sou assustada, estou assustada. E se não conseguir? Dúvidas enormes do que vai ser de mim. Acabarei me tornando aquela que mais amo e mais desprezo? Logo que me der conta disso, espero ter coragem para evitá-lo ou pará-lo. De uma forma ou de outra. Porque me consome devagar o pensamento dessa vida que assisto.
Tenho somente treze minutos. Preciso de conexões e encaixes. Preciso de verdade, não de imaginação. Cansei da imaginação. Mas... não consigo me livrar dela, de jeito nenhum.
Porque a necessidade de impressionar? Não entendo a humanidade (muito grandioso? também não gostei). E, tomando os parênteses como mote, faço/falo/lembro cada vez mais o que menos me agrada. Sadomasoquismo, já disse, rolando solto.
"Já disse"... Repito-me com freqüência estrondosa, até mesmo sobre a repetição. E restam-me 10 minutos. Breves agora que quero evoluir.

Acho que preciso de mais algumas horas semanais de terapia: as primeiras, para mentir; as últimas, para começar a dizer minhas verdades, quem sabe?


Sou uma pessoa hipócrita. Falta-me a força de vontade. Os culhões, talvez. Sou passiva. Uau. Sou passiva mesmo. Grande revelação. Preciso realmente de alguém me conduzindo, segurando minhas rédeas? Que deprimente. Espero estar enganada. São apenas delírios wannabe.


Já estou espaçando demais os parágrafos desse texto. E isso tem me incomodado tanto. Vou ficar realmente emocionada no dia em que escrever algo decente. Céus. Desprezo-me com tal força que o desequilíbrio é constante. E já não tenho vergonha de admitir isso. Torno-me a cada segundo mais e mais indiferente. Não sei dizer o quanto disso é honesto. [Não gosto dessa palavra e suas variações. Honestidade. Feio, muito feio. Não o sentido. Dele, não tenho certeza. Mas a palavra em si. Assim como fé. Impressionantemente brega.]

É possivelmente mais saudável para mim postar textos antigos. Ou de terceiros. Não gosto mesmo do que tenho produzido. Perdoe-me por te dar a chance de ler algo tão baixo.












sei bem que vou me arrepender, mas não consigo me segurar por causa do que talvez venha a sentir.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Over and over again

Escrevo aqui para não manchar meus lençóis. E crio expectativas, tenho ciúme e me decepciono. Quem nunca ficou assim que atire a primeira pedra, como dizem todos...
Visivelmente desmancho. Visivelmente entristeço. Sempre achando que engano, enganando, assim, somente a mim.
Logo fico arrependida. Inventando outras falas e gestos. Olhares de desdém e resmungos desinteressados. Ou piscadas significativas. E me esqueço dos rostos, sinto-me pequena e vazia com isso.
Tudo é motivo para o nada que realmente acontece. O que deveria notar passa despercebido. E aí, quero me socar, me estapear, me jogar nas paredes. Pensando, claro, nas frases de peso que me faltaram no fatídico momento.
O que escrevo é complicado ou talvez, mais verdadeiramente, tosco, porque escrevo em pedaços. Surgem as coisas com tamanha velocidade e fluidez que simplesmente vomito tudo, tudo.
Saudade do mar. Quero Cecília. Quero aquele movimento lento e feroz... letal. Quero a ressaca estúpida que lava os pecados e deixa tudo sem importância. Quero buscar minha respiração, minha vida somente e quero satisfação disso... felicidade. Preciso saber que sou feita também de instintos, animalizações [?]. Não só do racional, tão persistente e cruel.
Como me fariam bem alguns segundos [de fato] de Alberto Caeiro. Admiro profundamente os, quem sabe, ignorantes. Agora, daria bastante para sentir a grama sob o corpo, sem pensar na grama ou nas formigas ou nela(s)... sem pensar.
Tô andando sem rumo e sei disso. Ah, como incomoda essa sensação, crua noção da verdade.
Preciso mudar. Mas... as pessoas mudam?















[sabe o que é mais bacana? isso não é sobre ninguém em especial (ou é?); também não é sobre um tempo específico, passado ou futuro, se é que ele existe.. talvez não seja nem mesmo sobre mim.] Acho que vou começar a escrever ficção. =)

sábado, 18 de abril de 2009

confused

eu gosto de você, tenho vontade de você, da sua boca na minha.


simples assim.







please, make me do it! make me strong enough to do it!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

bipolar




reflitaok

terça-feira, 7 de abril de 2009

.sem.título.

Será isso arrependimento? Das minhas vontades súbitas e do meu desistir tão persistente?
Caço tudo e todos, guardo numa gavetinha e prometo olhar mais atentamente em breve, aprender mais profundamente. Mas me canso, brocho [se preferir].
Minhas mãos tremem, meu corpo formiga inteiro. Tenho ciúme/inveja/anything. E sinto por alguém que não conheço. Alguéns, ninguéns, alguns.
Sinto-me superficial. Pouquíssimas palavras e gestos (gostos) e sorrisos me iludem. So easily.
Quero entrar na mente de alguém. E quero parar de imaginar situações. Porque quanto mais eu as imagino, mais longe da realidade elas ficam.
Vontade de sumir e de ser notada ao mesmo tempo. Bastante camoniano, não? Vou desenhar uma HQ de bonecos de palito. E o mundo vai ser meu, pelo menos aquele. Sem interferências estrangeiras.
Enjôo. Das pessoas, da paisagem, da rotina. De mim mesma. Quero viver minha vida numa asa-delta. Quero pousar levemente na areia. Observar as ondas por horas e horas e só então, sentir a água gelada abraçando cada centímetro. Quero uma borboleta no ombro. E quero tranqüilidade, a minha tranqüilidade, como EU a vejo.



Incomoda a velocidade do fluxo sanguíneo. Posso ouvir as batidas fortes e fracas, sem ritmo.
A questão é: serei capaz de sonhar com todo esse ruído e tremor?

terça-feira, 31 de março de 2009

Last Post

feio, feio, texto feio!

¬¬'



falta de imaginação é uma meerda, não?!

domingo, 29 de março de 2009

epifanias

Dor. Desconforto. Falta de uma posição tranqüila. Alguém quer um útero contraindo loucamente, sádico e incansável? Também ofereço um beijinho na testa.



E o filme é sobre um cara que é chifrado. A mulher dele é linda (a moça que faz X-Men, aquela azul). Fico pensando se eu me separaria. É fácil falar que sim, que se entrei numa relação monogâmica, exijo fidelidade e respeito. Mas com alguém que amo, alguém tão bonito. A dignidade e o orgulho podem perder a importância. Sei lá.
Juro, juro, juro que o botão do "foda-se" tá apertado. Mas sabe quando você se acostuma com uma coisa e precisa de outra mais forte para acabar com o que quer que seja, sofrimento ou sobriedade?
Ahnn... merda. preciso de um cigarro [preguiça]
Ausência total e completa de assunto, de argumentação. Tédio infinito, na verdade.


"Remember the spelling!"



Cacete. Que dor! Sempre imagino que esfaquear minhas costas seria relaxante, talvez quase orgásmico.
E é nessas horas que eu gostaria de ter um pinto...!
...
Aah, luckies. Que beleza de tostadinho.



Odeio fumar na garagem. Mas também odeio a sala fedida... ¬¬' E odeio acender o cigarro ao contrário. Não que tenha acontecido agora, mas achei válido citar. Se eu não fosse tão viadinha, fumaria os de filtro vermelho!


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Acho que perdi a treta do filme corno vs filho da puta que come a mulher alheia. Foda-se. Já não estava prestando muita atenção mesmo.

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Fico puta com um negócio. Prestenção: dizem que sou demais, que me amam e blá-blá-blá. Mas que não podem me oferecer tudo que mereço agora. E terceiros (as) dizem isso. Problema meu, não? EU decido isso, cristo! Eu falo se mereço isso tudo mesmo. E se o que tenho/teria é pouco. Não preciso desse tipo de proteção. Saco. Tinha pensado em váaaarias outras coisas e agora não lembro. Preciso do meu gravador. Mas minha voz não me agrada.




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Estou bêbada de dor.
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See you soon.




E o volume da TV parece cada vez maior. E incomoda cada vez mais, conseqüentemente, por assim dizer.





See you soon. ²




Festa-estranha-com-gente-esquisita-eu-não-tô-legal-não-agüento-mais-birita [mentira]












[isso foi mais pra mostrar que não abandonei meu querido bloguezinho. Apesar de ter pensando seriamente em fazê-lo esses dias. Muitos dias atrás, actually. Tenho disso às vezes. Quis apagar tudo: orkut, blog, etc. O fotolog foi pro saco mesmo. Não consegui me segurar.]












PS super bacana!: acabei de descobrir que meu outro blog ainda existe. E cancelei o apagamento dele... =) vou deixá-lo quietinho lá, mas fiquei feliz!




e agora... banho! o/





edit pós-banho/pós-fuçada no changes/ainda de roupão e molhando a cadeira: lembrei muitas vezes de um texto que tinha perdido junto com o blog e resolvi colocá-lo ali no canto o-->
só isso...
fudeu, já devia estar do décimo quinto sono. >.< dikaaça!



"perdi-me tantas vezes pelo mar"

sábado, 7 de março de 2009

[untitled]

Dança comigo, no silêncio, na varanda, no escuro, entre as mesas. Me agarra o corpo e me fala uma bobagem, ri da minha cara.
Bebe comigo até cantar desafinado, pra gente subir a Augusta em poucos segundos, correndo e enchendo os pulmões da fumaça da madrugada. E vem ouvir o mar na Paulista, se concentra comigo e em mim em meio aos carros e às luzes. Ignora as buzinas e ouve minha respiração descompassada, sorrindo pra você.
E me beija a boca como se eu fosse a única, a última, me deixa louca nos seus abraços.
Faz isso, tudo isso, quase nada.. E vem dançar comigo, vem provar do meu amor, suposto amor.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Uma Tartaruga no Esgoto

Dei tudo de mim e, se me pedir, faço ainda mais. Mas você me soa falsa, não consigo acreditar no que diz. Porque, para mim, falta sentido, falta uma conexão entre suas palavras e seus atos. Talvez seja uma defesa a minha não crença em você, talvez não.
Minhas mãos de criança tremem e isso me incomoda; meus dedos já não são firmes como antes. Sinto-me sufocando, pegando fogo lentamente, como se meus pulmões estivessem em brasa. E o vento gelado que me corta o rosto não é suficiente para domar as chamas que dominam meus olhos escuros.
Essas folhas em branco pedem explicações, mas não exigem lógica. Só querem me fazer refletir, vomitar tudo que me tem feito mal. Mas sempre sobra alguma coisinha que cresce e se reproduz, porém não morre, fica disputando uma esquina de minhas veias e artérias. E o sangue só chega à grande bomba vermelha, mas não vai embora. E parece que vai explodir e comprime todo o resto e minhas costelas já não são limitadas por meus músculos e pele. E, finalmente, nessa ópera cheia de ácido, eu sumo. Fico pequena depois do quase desastre. Murcho, murcho, desidrato e sou sugada pelo ralo.


...



Quero fazer o mapa das minhas digitais. Desenhar cada linha da palma das minhas mãos e brincar de contornar todo o seu corpo com aquarela verde. Quero ver você tomando banho, sentir o cheiro do seu hidratante me deixando tonta. E quero suas digitais misturadas às minhas, no desenho e fora dele. Quero ouvir seu coração batendo forte sob a pele molhada, adormecer olhando seus olhos que não sei a cor. E quero seu carinho no cabelo me acordando de manhã. Quero que isso comece e não acabe nunca. Ou, se for pra não começar, que eu acabe logo.



DO YOU BELIEVE THAT WE CAN CHANGE THE FUTURE?
DO YOU BELIEVE I CAN MAKE YOU FEEL BETTER?

domingo, 1 de março de 2009

old[!]

Estou ouvindo Queen. E estou lendo antigos textos. Realmente não sei de onde saiu tudo aquilo. Não me vejo como uma pessoa capaz de escrever coisas daquele tipo. Quero dizer, alguns são muito bons, até. É exatamente isso que acho estranho. Já me elogiaram, pessoas importantes na minha vida, cujas opiniões contam para mim, e muito. Não sei, realmente não sei.
Estou chateada comigo. Não quero fazer coisas e encontrar amigos, o que deveria ser prazeroso. Sinto-me inútil. Não costumo me importar de ficar trancafiada em casa. Fico em meu quarto, sem fazer nada. Durmo, vejo TV, ouço algumas músicas. Fico na minha paz e na minha tranqüilidade. E fico muito triste mesmo por não conseguir dizer não às pessoas. Não sou apta a falar que não quero fazer essa ou aquela coisa.
Meu medo de magoar e ficar sozinha é muito grande. Mas... se não quero sair, não quero encontrar, porque tenho esse tipo de medo? Seguindo uma lógica convincente, não deveria temer esse tipo de situação. Talvez meu único medo seja o de magoar. Não me conheço bem, não sei quais são meus medos. Sei de alguns, claro, porém, minoria.
Não entendo o que se passa aqui comigo. Não é possível que eu consiga me apaixonar tanto e por tantas pessoas. Não é possível que meus sentimentos mudem tão rápida e radicalmente. A não ser que meus amores fiquem dentro de mim. Talvez eles simplesmente sejam encobertos por minhas novas emoções. Realmente, quando começo a cavocar meu peito, a lembrar do passado, fico mexida. Quando vi certa pessoa, fiquei totalmente emocionada, fiquei quase que estática. Por que? Por que senti aquilo se já não me importava? Talvez seja somente com ela. Não duvido nada de que seja ainda louca por aquela mulher. Sei que sou capaz de amar muitas, mas sei também que ela não saiu de meu pensamento. O problema comigo é que não sou fiel. E nunca serei. Sou de várias e sou de ninguém. Se sou minha? Não tenho certeza. Talvez não.
Não sei se serei capaz de ter um relacionamento sério e socialmente normal. Minhas perspectivas do amor são outras. Minhas visões são outras. E meu receio é nunca achar alguém que entenda e compartilhe isso. Será que só poderei ter casos? Nada de exclusividade? Talvez eu seja capaz de me prender a uma única pessoa, física e emocionalmente. Talvez meu desejo por outras e outros diminua ou suma. Meu desejo e meu amor. Vou pendurar uma plaquinha em meu pescoço, dizendo “Cuidado! Se apaixona facilmente”. Vou pendurar uma plaquinha com a verdade. Apaixono-me facilmente e principalmente, de modo profundo. Enquanto estiver a mercê de uma mulher, ela poderá ter certeza de que sou dela. É a velha história do “infinito enquanto dure”. Só essa duração que é pequena.
Vou magoar, se já não magoei, por pensar e agir dessa forma. A maioria é muito apegada. Não é capaz de resistir a uma perda e partir pra outra. E não entende que a melhor coisa é guardar somente as boas lembranças. Quer dizer, a melhor coisa é TER somente boas lembranças. Não quero ficar anos e anos com uma pessoa para quando tudo acabar, eu ser capaz de lembrar somente das coisas ruins, das brigas, etc. Não quero que a paixão, a saudade louca, os melhores beijos sejam apagados e esquecidos. Provavelmente é preferível terminar ainda com sentimento. Se vou sofrer? Muito, com certeza. Mas depois vou saber que valeu a pena. Senão, tento voltar para aquilo que achava que já devia ter acabado. Vou errar, todos erram. Mas vou saber que errei consciente. Que errei de acordo com minhas crenças.
Já não sei o que escrever. Estive olhando algumas cartas. Cara, como eu era brega e pretensiosa (ah, naquela época eu era!). Dá uma vergonha do tamanho do mundo. Espero não pensar isso de alguns dos textos que mais gosto hoje em dia. Há coisas excêntricas e bizarras neles, mas ainda sou capaz de compreender o porquê daquilo. Será que minha evolução vai fazer com que eu ache minhas pequenas obras tão ridículas? Não sei se acho isso bom ou ruim. No final das contas, eles talvez sejam todos pedaços de lixo.

29.07.2006 - 30.07.2006 - 01:19

Impaciência. [love letter; hurtful letter]

E eu não sei o que dizer, fico perdida. Estou irritada e quero logo uma resposta. E quero a resposta que quero. Porque você diz coisas e faz coisas que me confundem, já falei. Não sei por quanto tempo serei forte. O respeito que você tanto preza me machuca. Quero esquecer sua risada tão rápido quanto ela se tornou essencial. Melhor, quero que sua risada não deixe meus joelhos inúteis. Quero ser indiferente à sua aproximação.
Sou masoquista. E panaca. E provavelmente preciso de um tapa na cara. Pois depois de tanto tempo, chorar não é difícil. Tô sofrendo, ligeiramente emo, profundamente patética. Você faz isso comigo. Eu fiz merda, das grandes, sei disso. E nada posso contar a você, em quem confio tanto. Tenho medo de te perder, tenho pavor de que mude comigo (ao mesmo tempo em que acredito que seja necessário).
Estou me torturando: você é meu novo vício e não tenho como consegui-la pra mim. Preciso parar com você, assim como preciso parar de fumar. Sair dessa vida. Mas não vou. Porque me faço de forte... e desmorono por dentro.
Sei que ficaria triste por saber meu estado. E disseram-me para não pressioná-la. Mas é simplesmente tão complicado não te deixar me decifrar inteira, não te deixar acabar com meus mistérios.
Sinto-me traidora, mas não consigo falar. Sou covarde demais pra isso. Estou perdida num turbilhão de pensamentos e fantasias e na falta que você faz. Nas suas promessas e no fato de que você talvez seja uma das poucas pessoas que me dá vontade de ficar perto a vida toda.
E agora, José?... São ridículas, pois se não fossem, não seriam de amor.
Eu amo você. E não queria isso.








[claro que a maldita janela do msn apareceu pra avisar de você enquanto digito esse caralho desse texto horroroso]
tá ridículo SIM, tá mal escrito SIM, tá repetitivo SIM, eu tô constrangida SIM e tá exatamente como quem escreveu SIM. mas é o que sou capaz de fazer no momento.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Produções da insônia

Meu senso de segurança desmoronou, porque saiu da minha vida. Está ausente.
Antes, seu olhar era suficiente para me acalmar, para me deixar tranqüila. Sua voz, praticamente uma droga. Droga muito singular, na verdade, capaz de me relaxar em um instante e, noutro, me fazer tremer e ficar completamente hipnotizada, sem conseguir me desviar.
Você me pegou de surpresa. E agora, eu esqueço de respirar quando penso nos seus beijos. Borboletas voam loucamente em meu estômago, batendo nas paredes com a força certa. A intensidade certa das suas unhas nos meus braços, das suas mãos puxando meu cabelo.
Quero beijar seus olhos, te segurar inteira ao meu lado. Sentir sua respiração acelerando e acalmando; o susto do inevitável, do desconhecido e fantástico.



É... eu acho que tô gostando de você mais do que devia...
Me perdoa por isso?




[não, eu não gosto da reforma ortográfica!]

With you

Eu pego fogo com você. Sua pele é elétrica à minha. Só de pensar na sua mão acariciando-me a nuca, eu perco o ar.
Seus dedos leves, lentos me deixam arrepiada, sua língua nos meus lábios...
E o sorriso malicioso fica estampado no meu rosto, porque, com você, eu perco a noção do volume da minha voz.
Fecho os olhos... querendo sentir seu corpo mais próximo de mim.
Suas provocações, desviando-se, rindo da minha urgência, da minha vontade declarada.
E sei que sente o mesmo, porque te sinto arrepiando e ouço seus prazeres. Percebo o nervosismo calmo, toda a expectativa sendo superada. Sou fraca, muito fraca. Tenho vivido constantemente nas suas mãos.








Porque com você... eu me liberto.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Involução

Tenho tentado voltar ao normal. Sinto-me inferior em relação a quem já fui um dia. Em alguns sentidos, somente.
Vejo coisas, milhões de coisas, melhores do que eu, minhas intenções e meus feitos. Mas vou crescer, vou mudar. Porque esse é o tempo certo. Nada de "sou velha, não vou melhorar agora". No dia em que isso acontecer, eu morro. Talvez não fisicamente/biologicamente... a morte intelectual e sentimental é muito pior que isso, imagino.

Sou um cachorro, já disse. Gosto de vento na cara e gosto de correr loucamente, apostando corrida ou atrás de uma bolinha qualquer. Só a ingenuidade eu não sei se tenho também. Quem sabe? Acho que em alguns momentos, sou mais inocente que qualquer vira-lata eternamente agradecido.

Aaah, malditas palavras que não me vêm [vêem]! Meus pensamentos são indizíveis. Liberdade de expressão uma ova. De que ela adianta se eu gaguejo?


Quero virar uma graphic novel, milhões de belos desenhos pelo corpo. E quero piercings também. Quero ser quem eu sou, quem eu ambiciono ser algum dia. Without giving up.



Cara... tá tudo tão fragmentado. Que irritante. Vejo-me como alguém iletrado, incapaz de se comunicar. Faço de tudo pra isso parar. Talvez seja a real (e agora não tão inconsciente) motivação desse baú empoeirado.


Às vezes, queria menos mundo pra eu explorar. Mas, escrevendo isso, noto que é uma merda sem fim.
Quem sabe? Quem sabe?
A insatisfação vai me fazer ter mais força pra tudo. Disso eu sei!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Implosão craniana

Abraçada ao travesseiro, vem a mente o cheiro dos seus cabelos, sua carinha sapeca de "vem-logo-ou-não-vai-dar-tempo". E imagino o que aconteceu naquela noite, seus movimentos e suas palavras.
Faço minhas encenações, meu cérebro funcionando a mil. E penso que nada vai se tornar real. Tenho saudade, mas não de você agora. De você nos seus melhores dias, segurando minhas mãos como se eu fosse a única.
...
Meu horóscopo foi assustador hoje. Dizia algo do tipo: pare de sonhar com o que é impossível e concentre-se nos seus objetivos, pois eles são alcançáveis e te deixarão satisfeito(a). [parafraseando]
Foi um chute no estômago... minutos antes, estava me concentrando para não pensar no seu sorriso durante a aula.
E depois do choque, fumei um cigarro não tão bom (que faço questão que acabe logo), viajando no que poderíamos ter sido. No que talvez possamos ser.


O desamparo. A falta de segurança. A abstinência das palavras que antes me apoiavam e me guiavam de uma forma ou de outra. Tudo mudou, pra pior, e eu não sei dizer quando esse tudo ficou de pernas pro ar. Ou quando cada pedacinho foi se soltando lentamente da estrutura e sumindo sutilmente numa dimensão qualquer.


Quero te machucar às vezes, sabe?! Ver tua reação, porque eu NUNCA sei o que esperar de você, como de tantas outras. E isso incomoda tanto, tanto. Quero teus extremos, um tapa na cara com os olhos molhados.


E o SM rolando solto, vai saber?

domingo, 15 de fevereiro de 2009

E na noite seguinte

Sim... não posso esquecer meus cigarros.
Ok. Brinco de criar situações com as pessoas. Cenas e falas e reações que me convêm de alguma forma. Algumas, superficialmente, me seriam prejudiciais, mas analise melhor e entenderá o que quero dizer. Perceberá características minhas que podem te surpreender. (é, eu não ligo de usar pessoas pronominais diferentes, certo?!)
A questão é que eu não acho essas encenações muito saudáveis. Meu possível distúrbio psicológico faz com que eu confunda imaginação e realidade. Talvez todo ser humano seja assim, mas é uma situação que assusta um pouco meu pequeno planeta. (lembrei do Pequeno Príncipe meeeesmo)


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Quero a falta de vergonha, o não-medo-de-tapa-na-cara. Espontaneidade. Quero uma vida como aquelas fotos que saem na hora da câmera e que ficam esbranquiçadas depois de algum tempo. A coragem DO e NO agora e a percepção de que depois tudo pouco importará, ficará embaçado e confuso. Tente adivinhar e só o que terá são suposições, nunca terá a real certeza. Quem sabe, para sentir-se bem, acreditará nelas. Mas em uma dia qualquer, a dúvida vai mostrar que ainda vive.


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ficadicaok: digitei isso levemente alcoolizada.... então, não conta..

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Descoberta e conclusão

acabo de notar: sexta feira 13...

muito válido!



falta de léxico... linhas mentais excessivamente conturbadas para permitirem acompanhamento.
talvez em algumas horas!

First of All

criação: depósito de pensamentos vomitados e sádicos.


incapacidade de tornar este um local original e único visualmente: limitações tecnológicas.





"you were not made to stand and fight"