terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Implosão craniana

Abraçada ao travesseiro, vem a mente o cheiro dos seus cabelos, sua carinha sapeca de "vem-logo-ou-não-vai-dar-tempo". E imagino o que aconteceu naquela noite, seus movimentos e suas palavras.
Faço minhas encenações, meu cérebro funcionando a mil. E penso que nada vai se tornar real. Tenho saudade, mas não de você agora. De você nos seus melhores dias, segurando minhas mãos como se eu fosse a única.
...
Meu horóscopo foi assustador hoje. Dizia algo do tipo: pare de sonhar com o que é impossível e concentre-se nos seus objetivos, pois eles são alcançáveis e te deixarão satisfeito(a). [parafraseando]
Foi um chute no estômago... minutos antes, estava me concentrando para não pensar no seu sorriso durante a aula.
E depois do choque, fumei um cigarro não tão bom (que faço questão que acabe logo), viajando no que poderíamos ter sido. No que talvez possamos ser.


O desamparo. A falta de segurança. A abstinência das palavras que antes me apoiavam e me guiavam de uma forma ou de outra. Tudo mudou, pra pior, e eu não sei dizer quando esse tudo ficou de pernas pro ar. Ou quando cada pedacinho foi se soltando lentamente da estrutura e sumindo sutilmente numa dimensão qualquer.


Quero te machucar às vezes, sabe?! Ver tua reação, porque eu NUNCA sei o que esperar de você, como de tantas outras. E isso incomoda tanto, tanto. Quero teus extremos, um tapa na cara com os olhos molhados.


E o SM rolando solto, vai saber?

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