Incrível como quando eu abro essa janelinha do blogger, as palavras somem. Caramba, tinha um texto pronto na cabeça, só faltando uma ordem minimamente compreensível. Que inferno.
Enfim, hoje foi o dia do azedume. Do não suportar me olhar no espelho. E tenho a suspeita (e o medo) de que amanhã será igual. Maldita bipolaridade essa que atinge tão forte.
Cara, eu tenho o costume terrível de acreditar no que as pessoas falam. As palavras têm um significado muito, muito grande pra mim. E parece que com os outros não funciona assim. Minha terapeuta diz que eu estou certa nesse sentido, que levo as coisas com seriedade/sinceridade. Mas, na boa, só tomo soco no olho. Não é possível que EU esteja correta. Talvez o errado seja melhor. O "errado positivo", sabe?...
Ando cansada das pressões, das cobranças. Juro que também tenho problemas. Vários. Tá tudo tão bagunçado a tanto tempo que às vezes parece que me acostumei. Que vivo bem assim. E aí eu surto. E fico nojenta. E quero sumir do Universo, infinito inexistente.
Faz um tempo que percebi essa proximidade físico-sentimental: meu quarto está uma ZONA. E só consigo ver um jeito pra ele quando me mudar de casa. Encaixotar tudo e redecorar, rearranjar. Ver com outros olhos. Entende, tirar o pó e ter um lugar certo pra cada caixinha cheia de brincos ou cartas? Não jogar tudo pela cama/chão sem visualizar de modo pragmático como as coisas podem ser melhor organizadas. Metaforicamente, essa é minha vida. E quer saber há quanto tempo meu quarto tá o caos? Acho que uns 2 anos. É, é.
Quero a boemia. Confortável boemia. Cerveja gelada e um maço de cigarro. Amigos e risadas. E conversas profundas sobre o passado e o futuro. E ter a certeza de que estarão lá. De que não sofrerei de saudade. As coisas boas não devem mudar. Mas mudam e doem. Será isso tudo cíclico? Tenho pavor de que o que penso ter agora, o pouco que me salva da alucinação constante, desapareça também. Pavor de ficar sozinha, no fim das contas. Não é disso que todos temos medo? Talvez minha loucura se torne menos suportável a cada segundo de convivência. Desculpem-me por isso. E me façam calar a boca... Façam com que algum brilho me volte aos olhos.
Tenho medo, tanto medo. E quero tanto, paradoxalmente. Sei que estou anestesiada, acordada e sentindo a navalha na pele. Acordem-me, acordem-me. Eu suplico.
Há 5 anos
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