domingo, 18 de outubro de 2009

"Vocês entenderam? Não entenderam nada, né?!"

Incrível como quando eu abro essa janelinha do blogger, as palavras somem. Caramba, tinha um texto pronto na cabeça, só faltando uma ordem minimamente compreensível. Que inferno.

Enfim, hoje foi o dia do azedume. Do não suportar me olhar no espelho. E tenho a suspeita (e o medo) de que amanhã será igual. Maldita bipolaridade essa que atinge tão forte.
Cara, eu tenho o costume terrível de acreditar no que as pessoas falam. As palavras têm um significado muito, muito grande pra mim. E parece que com os outros não funciona assim. Minha terapeuta diz que eu estou certa nesse sentido, que levo as coisas com seriedade/sinceridade. Mas, na boa, só tomo soco no olho. Não é possível que EU esteja correta. Talvez o errado seja melhor. O "errado positivo", sabe?...
Ando cansada das pressões, das cobranças. Juro que também tenho problemas. Vários. Tá tudo tão bagunçado a tanto tempo que às vezes parece que me acostumei. Que vivo bem assim. E aí eu surto. E fico nojenta. E quero sumir do Universo, infinito inexistente.
Faz um tempo que percebi essa proximidade físico-sentimental: meu quarto está uma ZONA. E só consigo ver um jeito pra ele quando me mudar de casa. Encaixotar tudo e redecorar, rearranjar. Ver com outros olhos. Entende, tirar o pó e ter um lugar certo pra cada caixinha cheia de brincos ou cartas? Não jogar tudo pela cama/chão sem visualizar de modo pragmático como as coisas podem ser melhor organizadas. Metaforicamente, essa é minha vida. E quer saber há quanto tempo meu quarto tá o caos? Acho que uns 2 anos. É, é.

Quero a boemia. Confortável boemia. Cerveja gelada e um maço de cigarro. Amigos e risadas. E conversas profundas sobre o passado e o futuro. E ter a certeza de que estarão lá. De que não sofrerei de saudade. As coisas boas não devem mudar. Mas mudam e doem. Será isso tudo cíclico? Tenho pavor de que o que penso ter agora, o pouco que me salva da alucinação constante, desapareça também. Pavor de ficar sozinha, no fim das contas. Não é disso que todos temos medo? Talvez minha loucura se torne menos suportável a cada segundo de convivência. Desculpem-me por isso. E me façam calar a boca... Façam com que algum brilho me volte aos olhos.
Tenho medo, tanto medo. E quero tanto, paradoxalmente. Sei que estou anestesiada, acordada e sentindo a navalha na pele. Acordem-me, acordem-me. Eu suplico.

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